segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

As nossas Palmeiras agonizam de morte súbita com o ataque silencioso e mortal do Escaravelho vermelho Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790)

Classificação científica
Reino:  Animalia
Filo:  Arthropoda
Classe:  Insecta
Ordem:  Coleoptera
Família:  Curculionidae
Género:  Rhynchophorus
Espécie:  R. ferrugineus
Nome binomial
Rhynchophorus ferrugineus
(Olivier, 1790)
1
Sinónimos
Calandra ferruginea Fabricius, 1801
Curculio ferrugineus Olivier, 1790
Rhynchophorus signaticollis

 


 

O escaravelho vermelho (Rhynchophorus ferrugineus) é um besouro. É relativamente grande, entre dois e cinco centímetros de comprimento, e tem uma cor vermelho ferrugem. As suas larvas escavam buracos de até um metro de comprimento no tronco das palmeiras, podendo matar a planta hospedeira. Como resultado, o besouro é uma importante praga das palmeiras - também é conhecido pelo nome de escaravelho das palmeiras - e seu controle tem se demonstrado bastante complicado.
Originária da Ásia tropical, o escaravelho vermelho se espalhou para a África e Europa, atingindo o Mediterrâneo em 1980.


Ciclo de vida:

O escaravelho normalmente infeta palmeiras com menos de doze anos. O adulto pode causar alguns danos ao alimentar-se, no entanto, é a larva que, ao escavar túneis pelo tronco da palmeira, provoca a morte da planta. A fêmea adulta põe aproximadamente 200 ovos nas zonas de crescimento da coroa da palmeira, na base das folhas novas ou noutras zonas lesionadas da planta. O ovo incuba numa larva branca que se alimenta de fibras tenras e e rebentos de folhas, escavando túneis pelos tecidos internos da árvore durante um mês. As larvas podem ocasionalmente crescer entre 4 a 6 centímetros.Na metamorfose, a larva deixa a árvora e forma um casulo feito com fibras secas de folhas de palma na base da palmeira. O ciclo de vida completa-se em 7 a 10 semanas.


Sintomas de infestação:

Os sinais de infestação pelo escaravelho vermelho são:

 Orifícios e galerias na base das folhas (eventualmente com larvas ou casulos);
  Folículos das folhas novas cortadas em ângulo ou com pontas truncadas a direito
  Amálgama de fibras cortadas e húmidas com mau cheiro
  Folhas desprendidas e pendentes da coroa;
  Coroa desguarnecida no topo ou achatada;

Os primeiros sinais de infestação são os orifícios no tronco e as folhas cortadas. Os sons das larvas a escavarem o tronco e a alimentarem-se pode-se ouvir quando se aproxima o ouvido do tronco da palmeira. Existem também equipamentos eletrónicos de amplificação sonora que são utilizados para inspecionar as árvores.

Numa fase seguinte, a coroa da palmeira perde o vigor, com as folhas mais novas a pender e a secar, ficando com forma achatada e cor castanha. Seguem-se as folhas da parte de baixo da coroa. Quando estes sintomas começam a ser visíveis, a palmeira já está infestada há algumas semanas e os seus tecidos vasculares internos já estão danificados, sendo já muito difícil recuperar a palmeira que, provavelmente, morrerá.

Podem observar-se ainda infeções secundárias por bactérias e fungos oportunistas que, aproveitando as feridas causadas pelo escaravelho, aceleram o declínio. Uma Palmeira pode estar infectada também sem que quaisquer vestígios aparentes sejam visiveis, só com uma grande inspecção pormenorizada se pode eventualmente detectar a infestação.


Controlo:

O principal método de controlo da praga é a aplicação sistemática de inseticidas em túneis escavados cerca de 5 cm acima das zonas infestadas do tronco. A praga pode ser monitorizada pela utilização de armadilhas com feromonas.

Formas de controlo alternativo incluem descontaminação de zona e utilização maciça de armadilhas de feromonas e outros compostos químicos. Estão em desenvolvimento novas tecnologias, incluindo bio-inseticidas, para controlar esta forte praga das palmeiras.

Em Portugal, caso detecte algum sinal de infestação, contacte imediatamente a Direcção Geral de Agricultura e Pescas da sua região (ver contactos) ou www.escaravelho.net 


Prevenção:

Uma vez que o escaravelho prefere pôr ovos nos tecidos mais tenros da palmeira, evitar a existência de cortes e feridas no tronco pode ajudar a reduzir a infestação, pelo que se devem cobrir as feridas ou cortes com produtos apropriados para cicatrização e proteção. Também se deve evitar o transporte e movimentação de folhas ou restos de palmeiras infetadas, que devem ser eliminadas no local. O escaravelho entra também pelos orificios das palmas cortadas desde o chão até ao cume, o que só e apenas as injecções localizadas não surtem o efeito desejado.


Distribuição

Palmeiras afetadas:

Areca catechu, Arenga pinnata, Borassus flabellifer, Caryota maxima, C. cumingii, Cocos nucifera (coqueiro), Corypha gebanga, C. elata, Elaeis guineensis, Livistona decipiens, Metroxylon sagu, Oreodoxa regia, Phoenix canariensis, P. dactylifera(tamareira), P. sylvestris, Sabal umbraculifera, Trachycarpus fortunei, Washingtoniaspp..

Também pode afetar a Agave americana, and Saccharum officinarum.



Saudação de BOAS FESTAS







O mundo está nas tuas mãos.
Que tenhas a coragem e a determinação para transformar momentos difíceis em grandes desafios, sempre rumo a dias melhores.
Que este Natal seja pleno em felicidade e amor.


FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!

domingo, 23 de dezembro de 2012


No dia 23 de Novembro de 2012, fomos a Quinhendros, ao Pereira, encher as chouriças.



Abóbora Calacúa

Sementes com o miolo

Sementes limpas para secagem

Abóbora em pedaços para confeccionar

Abóbora Calacúa com 20 kg peso bruto

terça-feira, 20 de março de 2012

Boa tarde a todos...!
Tive um enorme interregno no âmbito da comunicação deste blogue.
Terei doravante que cuidar um pouco mais deste espaço de opinião e de partilha.
Conto com a participação dos Montemorenses...

sábado, 16 de outubro de 2010

Mobilização de conservação













Mobilização de Conservação - O que é?
No caso das culturas herbáceas, os sistemas de mobilização de conservação do solo estão sempre associados à manutenção de resíduos à superfície do terreno. Não existe um limite fixo da quantidade destes resíduos, a qual depende das condições do meio. No entanto, é normalmente aceite que pelo menos 30% da superfície do solo devem estar cobertos e, assim, protegidos do impacto directo da chuva. Para além desta protecção do solo, um outro objectivo associado a estes sistemas é a redução da intensidade da mobilização do solo, nomeadamente no que se refere a uma selecção criteriosa do número de passagens, da profundidade de trabalho e do tipo de alfaia a utilizar (peso, ângulo de ataque e área de contacto solo-alfaia). Assim, a necessidade de se realizar um diagnóstico sobre as condições de solo existentes está associada a estes sistemas de conservação, de forma a conseguir-se uma redução eficiente da sua intensidade. São muitas as soluções possíveis no contexto dos sistemas de mobilização de conservação do solo, mas que podem ser englobadas nas seguintes categorias: mobilização reduzida, mobilização na zona e sementeira directa.



















Agricultura Convencional

A agricultura Convencional é, de uma maneira geral, perniciosa para o ambiente. Incluí práticas como a queima de resíduos de culturas ou a inversão da camada superficial do solo, pela mobilização, para controlar infestantes e preparar a cama de semente. Como veremos, estas técnicas aumentam consideravelmente a compactação dos solos, a erosão e a contaminação dos cursos de água com sedimentos, fertilizantes e pesticidas. Também, as técnicas de agricultura convencional aumentam as emissões de CO2 para a atmosfera, contribuindo para o aquecimento global, e diminuindo a sustentabilidade da agricultura, ao diminuir os teores de matéria orgânica e fertilidade do solo, entre outros efeitos ambientais negativos (e.g. diminuição da biodiversidade).


Agricultura de Conservação

A agricultura de Conservação consiste num conjunto de práticas que permitem o maneio do solo agrícola com a menor alteração possível da sua composição, estrutura e biodiversidade natural, defendendo-o dos processos de degradação (e.g. erosão do solo e compactação). De um modo geral a Agricultura de Conservação incluí qualquer prática que reduza, mude ou elimine a mobilização do solo, e que evite a queima de resíduos, por forma a manter ao longo do ano resíduos de culturas á superfície do solo. Como veremos, o solo fica protegido da erosão hídrica, os agregados do solo são estabilizados, o nível de matéria orgânica e a fertilidade aumentam naturalmente, e há uma menor compactação da superfície do solo. Ainda, há uma diminuição da contaminação das águas superficiais e das emissões de CO2, ao passo que há um aumento da biodiversidade.