sábado, 16 de outubro de 2010

Mobilização de conservação













Mobilização de Conservação - O que é?
No caso das culturas herbáceas, os sistemas de mobilização de conservação do solo estão sempre associados à manutenção de resíduos à superfície do terreno. Não existe um limite fixo da quantidade destes resíduos, a qual depende das condições do meio. No entanto, é normalmente aceite que pelo menos 30% da superfície do solo devem estar cobertos e, assim, protegidos do impacto directo da chuva. Para além desta protecção do solo, um outro objectivo associado a estes sistemas é a redução da intensidade da mobilização do solo, nomeadamente no que se refere a uma selecção criteriosa do número de passagens, da profundidade de trabalho e do tipo de alfaia a utilizar (peso, ângulo de ataque e área de contacto solo-alfaia). Assim, a necessidade de se realizar um diagnóstico sobre as condições de solo existentes está associada a estes sistemas de conservação, de forma a conseguir-se uma redução eficiente da sua intensidade. São muitas as soluções possíveis no contexto dos sistemas de mobilização de conservação do solo, mas que podem ser englobadas nas seguintes categorias: mobilização reduzida, mobilização na zona e sementeira directa.



















Agricultura Convencional

A agricultura Convencional é, de uma maneira geral, perniciosa para o ambiente. Incluí práticas como a queima de resíduos de culturas ou a inversão da camada superficial do solo, pela mobilização, para controlar infestantes e preparar a cama de semente. Como veremos, estas técnicas aumentam consideravelmente a compactação dos solos, a erosão e a contaminação dos cursos de água com sedimentos, fertilizantes e pesticidas. Também, as técnicas de agricultura convencional aumentam as emissões de CO2 para a atmosfera, contribuindo para o aquecimento global, e diminuindo a sustentabilidade da agricultura, ao diminuir os teores de matéria orgânica e fertilidade do solo, entre outros efeitos ambientais negativos (e.g. diminuição da biodiversidade).


Agricultura de Conservação

A agricultura de Conservação consiste num conjunto de práticas que permitem o maneio do solo agrícola com a menor alteração possível da sua composição, estrutura e biodiversidade natural, defendendo-o dos processos de degradação (e.g. erosão do solo e compactação). De um modo geral a Agricultura de Conservação incluí qualquer prática que reduza, mude ou elimine a mobilização do solo, e que evite a queima de resíduos, por forma a manter ao longo do ano resíduos de culturas á superfície do solo. Como veremos, o solo fica protegido da erosão hídrica, os agregados do solo são estabilizados, o nível de matéria orgânica e a fertilidade aumentam naturalmente, e há uma menor compactação da superfície do solo. Ainda, há uma diminuição da contaminação das águas superficiais e das emissões de CO2, ao passo que há um aumento da biodiversidade.







Sem comentários: